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Calendário:
Ciclo "Cultura Viva"
Data:
12/04/2019 19:00 - 20:00
Localização:

Descrição

ENTRADA LIVRE

Consulte AQUI a programação do ciclo CULTURA VIVA

João Bettencourt da Câmara piano
Nasceu em Lisboa a 24 de Fevereiro de 1988. Iniciou pelos três anos de idade o estudo do piano com seu pai, José Bettencourt da Câmara, e em 1997 foi admitido à Escola de Música do Conservatório Nacional (Lisboa), onde terminou em 2006 o Curso de Piano com a classificação máxima, ao mesmo tempo que concluiu os estudos secundários no Colégio do Sagrado Coração (Lisboa).
Aos nove anos, foi ouvido por Vladimir Viardo, que o admitiu às suas masterclasses em Portugal, reservadas a alunos de nível superior, tendo também sido orientado a partir de então por outros pianistas como Helena de Sá e Costa, Tânia Achot, Sequeira Costa, Artur Pizarro, Pedro Burmester, Dmitri Bashkirov, Galina Eguiazarova e Aldo Ciccolini. Este, quando o escutou pela primeira vez, disse: “Il est monstrueusement doué”.
Entre outros, recebeu os seguintes prémios: em 1998, Segundo Prémio no Concurso de Piano Florinda Santos; em 1999, Primeiro Prémio no Concurso Cidade do Fundão; em 2000, de novo o Primeiro Prémio no Concurso Cidade do Fundão; em 2001, Primeiro Prémio no Concurso Maria Cristina Lino Pimentel. Em 1999, foi designado pela direcção do Conservatório Nacional para participar no II Concurso “Veo Veo” Internacional, da Radiotelevisão Espanhola, no qual recebeu o Prémio Especial do Júri.
Deu o seu primeiro recital público aos sete anos de idade, e estreou-se como solista aos onze, executando o Concerto para piano e orquestra K. 414 de Mozart, com a Orquestra da Academia de Amadores de Música (Lisboa).
Alguns meses depois, interpretou o Concerto para piano e orquestra N.º 3 de Beethoven, com a Filarmonia das Beiras, o que representou a sua primeira actuação com uma orquestra profissional (Aveiro e Gouveia, 2003), seguindo-se outras com diferentes orquestras portuguesas (Orquestra do Norte e Orquestra do Algarve). Interpretou também o Concerto para piano e orquestra de Grieg nos Açores, com a Orquestra Académica Metropolitana de Lisboa (Festival MusicAtlântico, 2004), e a Rhapsody in blue de Gershwin com a Banda Sinfónica do Conservatório do Porto, no Grande Auditório do Europarque (Santa Maria da Feira) e no Teatro Rivoli (Porto).
Com dezassete anos de idade, prestou provas de admissão a três escolas superiores de música em Londres, Royal College, Guildhall School of Music and Drama e Royal Academy of Music of Music, tendo-lhe sido oferecido, logo após as provas, um lugar em todas elas. Optou pelo Royal College of Music, que lhe atribuiu o estatuto de “Foundation Scholar”. Nas palavras do director daquela instituição, Dr. Colin Lawson, em carta que lhe dirigiu a comunicar a decisão, “to be offered a place as a Foundation Scholar of the Royal College of Music is a considerable achievement. These are the RCM awards with the longest tradition: the first Foundation Scholarships were awarded when the College was founded in 1882. The list of former Foundation Scholars now contains the names of many of the world's leading musicians.” Também bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian durante quatro anos, frequentou, como aluno de Ruth Nye, um dos raros discípulos de Claudio Arrau, o Royal College of Music. Aqui obteve sempre elevadas classificações (“First Class Honours”), tendo-se graduado em 2010 com a classificação, no recital final do curso, de 93%, uma das mais altas da história do RCM, pelo que recebeu o Sarah Mundlak Memorial Prize for Piano, atribuído ao melhor finalista do ano. Para o mestrado, concorreu às mesmas três escolas londrinas, a que foi novamente admitido, havendo escolhido desta feita a Guildhall School of Music and Drama (City University), onde concluiu o curso com distinção (“Distinction”), como aluno do pianista Martin Roscoe.
Iniciou a sua carreira internacional em Junho de 2007, realizando uma digressão nos Estados Unidos da América, a qual incluiu recitais em Washington D. C., Providence e Boston. Após assistir ao seu recital em Washington, o crítico Stephen Neal Dennis (All arts review) escreveu: “History was made last night (...) when the concert by young Portuguese pianist João Bettencourt da Câmara ended. Having heard extraordinary performances of music by Bach, Brahms and Beethoven, the audience rose spontaneously for a standing ovation for a pianist few had ever heard of previously (...). Only 19, Bettencourt da Câmara possesses a fearsome technique, something that has become so routine a component in concerts by younger pianists that audiences almost yawn when promised something spectacular. What is unexpected is the emotional depth of personal involvement that this pianist brings to each piece he plays. For a generation that never knew the young Sviatoslav Richter, one is forced to wonder how much more Richter himself could give at the age of 19.”
Das suas muitas apresentações destacam-se, em 2008, a interpretação do Concerto em ré menor de Mozart, no âmbito do Festival Música em Leiria, em 2009, o recital com que abriu o ciclo de piano da Casa da Música, no Porto, além de outros na Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa) e em França, em 2010, e a execução do Concerto para piano e orquestra N.º 2 de Rachmaninoff com a Filarmonia das Beiras, além de um recital comemorativo do bicentenário do nascimento de Chopin e de Schumann integrado no Festival de Sintra e outro em Londres. Estreou e gravou, em Abril de 2011, em Abilene (Texas, Estados Unidos da América), a obra do compositor americano Bernard Scherr Music in colors: On the paintings of João de Brito. Em Dezembro de 2011, apresentou-se de novo com a Filarmonia das Beiras em três cidades portuguesas (Aveiro, Leiria e Torres Novas), interpretando o Concerto no. 5 “Imperador” de Beethoven, e em Fevereiro de 2012 deu outro recital em Londres, na Sala Chappell. Em Dezembro de 2012, foi lançado internacionalmente o seu primeiro CD, editado pela etiqueta Numerica e inteiramente consagrado a obras de Franz Liszt. Destaca-se também a sua apresentação como solista, em Junho de 2014, interpretando o Concerto para piano e orquestra N.º 2 de Rachmaninoff na Sala Suggia da Casa da Música (Porto), com a Orquestra Clássica do Centro e sob a direcção de David Lloyd e em Novembro, o Concerto para piano e orquestra N.º 2, Op.83 de J. Brahms, com a Orquestra Filarmonia da Beiras e direcção do maestro Ernst Schelle, no Teatro José Lúcio da Silva, Leiria (Portugal), um Concerto integrado no Ciclo Caixa Brahms 2014/2016 - Integral das Sinfonias e dos Concertos.
Dos vários recitais a solo e concertos destaca-se, em 2015, a interpretação do Concerto para piano e orquestra nº 1 de Chopin, com a Camerata Atlântica, dirigindo 'al cembalo', na Abertura da edição 2015 do Ciclo Internacional de Música no Convento dos Capuchos, Almada (Portugal) e, em Outubro, o Concerto para piano e orquestra N.º 5 “Imperador” de L. van Beethoven”, com a Orquestra Clássica do Sul e direcção do maestro Rui Pinheiro, no Cine Teatro Louletano, Loulé (Portugal) integrado no Festival “Loulé Clássico”.
No ano de 2016, apresentou-se na Sala Suggia da Casa da Música, onde interpretou o Concerto para piano e orquestra No. 2 de Rachmaninoff, com a Orquestra Sinfónica do Porto e direcção do maestro Takuo Yuasa, em Junho o Concerto para piano e orquestra N.º 2 de Bomtempo e a Balada para piano e orquestra de Luís de Freitas Branco com a Orquestra Sinfónica da Venezuela, no mítico centro de espectáculos Teresa Carreño, Caracas (Venezuela), sob a direcção do maestro César Iván, do qual resultou o seu segundo CD, gravado ao vivo, e um recital a solo no CCB, que foi digno das melhores críticas pela imprensa.
João Bettencourt da Câmara é docente de piano na Universidade de Aveiro desde 2014, onde se doutorou em 2017 com Louvor e Distinção.


 


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